Simplificar sem perder a essência

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Como histórias fazem a mente do leitor parar de julgar e começar a observar suas ideias.

“Não recomendo esse lugar”, me disse um amigo quando descobriu que eu estava considerando ficar no mesmo apartamento que ele havia alugado em uma viagem. Com orgulho, ele me mostrou seu depoimento de uma estrela que listava uma série de pontos negativos.

Tudo muito lógico e racional. 

Depois de uns bons drinks, ele contou que chamou uns amigos e fez uma festa no tal apartamento. O proprietário (que morava no andar de baixo) apareceu e exigiu silêncio. “Foi ridículo. Me senti um adolescente,” meu amigo disse. 

Por trás daquele depoimento racional sobre a estadia no apartamento havia uma motivação emocional. O que ele sentiu moldou o que ele pensou e decidiu escrever.

É assim que nossa mente processa experiências: julgando emocionalmente e justificando racionalmente.  

Isso é descoberta da neurociência. Tem base na ideia de que somos seres emocionais que aprendem a pensar, e não seres pensantes que aprendem a sentir. 

Bebês apenas sentem o mundo e reagem a todo estímulo instintivamente. Essa forma de processar informações a partir dos sentidos nunca nos abandona, apenas é sufocada pelo pensamento lógico. 

Se você começa um texto trazendo apenas ideias e conceitos abstratos, está estimulando o modo analítico da mente do leitor, que julga com frieza e racionalidade a relevância desse conteúdo para sua vida. 

Quando você começa contando uma história, está estimulando o modo narrativo da mente do leitor.

É muito mais difícil julgar se uma história é relevante para nossa vida antes de saber como ela termina. Curiosa e intrigada para entender para onde aquela história vai levá-la, a mente para de julgar e começa a observar com atenção. 

Seu conteúdo vai ter mais impacto se, em vez de apenas tentar convencer sua audiência racionalmente sobre a relevância do que você sabe, você contar histórias que tragam uma dimensão emocional para as ideias que você deseja compartilhar. 

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